Mentecapto é um adjectivo que qualifica alguém de escasso entendimento ou juízo (raciocínio). Um mentecapto, por conseguinte, é uma pessoa tonta, pouco inteligente ou privada de razão (discernimento).
Exemplos: “Não podes deixar as decisões mais importantes da empresa em mãos de um mentecapto como o Aníbal”, “És um mentecapto que não entende nada”, “Comportaste-te como um mentecapto”, “Se o Henrique me voltar a acusar de mentecapto, dou-lhe uma tareia”.
Etimologicamente, o termo mentecapto deriva da justaposição latina mente captus. Isto pode traduzir-se como “desprovido de mente” ou “privado de mente”, isto é, que tem a mente capturada ou presa e que, por este motivo, não pode ser usada com normalidade.
A noção de mentecapto, por conseguinte, pode associar-se a termos como tonto, néscio, idiota, estúpido ou pateta. Trata-se de um insulto ou de, pelo menos, uma palavra agressiva e depreciativa. O seu uso, porém, depende muito da região geográfica já que, em certos países, não é frequente que alguém ofenda outra pessoa com este insulto.
O conceito aparece em diversos livros literários. Miguel de Cervantes escreveu em Dom Quixote de la Mancha, por exemplo: «…Vai para tua casa, mentecapto, e olha pela tua fazenda, por tua mulher e teus filhos, e deixa-te dessas tolices, que te comem o siso e te descoalham o entendimento…» E ainda «…Tu és doido e, se o fosses sozinho e dentro das portas da tua loucura, não seria mau; mas tens a propriedade de tornar doidos e mentecaptos todos os que tratam e comunicam contigo; senão, vejam estes senhores que te acompanham…»