Coerência, do latim cohaerentĭa, é a coesão ou relação entre uma coisa e outra. O conceito é usado com referência a algo que é lógico e consequente relativamente a um antecedente.
Exemplos: “O secretário mostrou a sua coerência ao pedir a sua demissão antes que o seu chefe o despedisse”, “O que estás a dizer não tem qualquer coerência”, “O presidente afirmou que vai continuar a trabalhar com coerência para resolver os problemas da população”.
Quem é coerente mantém, portanto, uma mesma linha com uma posição anterior. Se um homem afirmar que seria incapaz de deixar o seu país e, depois de algumas semanas, decide ir viver para o estrangeiro, terá tido uma postura incoerente (isto é, não coerente). Em contrapartida, se um futebolista garantir que não faz qualquer questão de jogar noutro clube que não o seu e recusa uma oferta milionária de outra equipa, pode dizer-se que se trata de uma pessoa coerente.
A coerência também está associada àquilo que é perceptível do ponto de vista da lógica. Um político falará com coerência se não fizer promessas em vão nem distorcer a realidade. O contrário seria se prometesse coisas que não pudesse cumprir.
Para a linguística, a coerência textual é o estado de um texto em que os seus componentes actuam em conjuntos solidários. Isto quer dizer que, além das entidades unitárias e das ideias secundarias, é possível encontrar um significado global em torno de um tema principal.
As palavras, as frases e os parágrafos têm coerência para criar o sentido de um capítulo, ao passo que os capítulos são coerentes para a unidade de um livro.