O termo pagão provém do latim pagānus, que significa “aldeão”. Trata-se de um adjectivo utilizado para fazer referência aos politeístas (crença em vários deuses) e aos idólatras, e a qualquer infiel que não tenha sido baptizado.
O conceito começou a ser utilizado pelos cristãos do século IV parar se referir àqueles que negavam o monoteísmo e as Sagradas Escrituras. Pelo contrário, os pagãos costumavam crer em mais de um deus e realizavam rituais e práticas de veneração que eram reprovados pelos cristãos e pelos judeus por serem considerados como idolatrias (a adoração de uma imagem).
Crê-se que a palavra “pagão” foi inicialmente usada no âmbito religioso no que diz respeito às práticas de adoração dos deuses que se mantinham na vida rural quando as cidades já se tinham convertido ao cristianismo.
Alguns rituais pagãos ainda se preservam hoje em dia, quer combinados com crenças cristãs, quer através da defesa e da revalorização de outras culturas. O Dia dos Mortos é um destes exemplos. Convém destacar que, de alguma forma, todos os rituais do cristianismo têm por base algum rito pagão, já que se instauraram em momentos onde se tentava converter os pagãos e, por conseguinte, se mantiveram com modificações as suas práticas. Há quem diga que até o Natal foi estabelecido no calendário segundo um rito pagão (rito de adoração/culto ao sol).
Em sentido figurado, diz-se daquilo que segue (ou não) determinados princípios religiosos considerados verdadeiros.