Pontilhismo é o nome dado ao movimento da pintura que teve lugar no século XIX. A sua principal característica é a utilização de pontos e traços interrompidos para a criação das suas obras.
Os pontilhistas, por conseguinte, em vez darem pinceladas na hora de criar as suas telas, aplicavam pontos de tonalidades puras sobre as superfícies. Isto permitia-lhes desenvolver diferentes jogos cromáticos, já que é o olho do observador que cria a combinação.
A análise da óptica, os cálculos, a relação física que existe entre as várias cores e a ordem faziam parte do processo criativo dos cultores do pontilhismo. A partir do uso dos pontos de diferentes cores, os pontilhistas podiam favorecer uma sensação de profundidade nas suas obras.
Entre os pintores que estiveram a associados a este movimento, destacam-se Vincent Van Gogh, Camille Pissarro, Georges Seurat, Henri Delavallée, Vlaho Bukovac e Paul Signac. Cabe destacar que os estudos realizados pelos teóricos do pontilhismo chegaram inclusivamente a influenciar/inspirar músicos, que passaram a investigar de que forma o ouvido consegue descodificar os sons isolados para criar uma melodia, assim com o olho toma os pontos de cores e os combina.
O pontilhismo, que é considerado como uma derivação do impressionismo, também costuma mencionar-se como pós-impressionismo, neo-impressionismo ou divisionismo. Os peritos, no entanto, traçam certas diferenças entre cada conceito. O divisionismo, por exemplo, tinha reivindicações políticas no que toca à sua postura estética, ao passo que o pontilhismo se limitava a preocupar-se só pelo técnico.